quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Poeminha das horas vagas

Carreira.
Palavra que quando não é trabalho, é pressa ou pó.
E tem gente que resume a vida a isso
(nos 3 sentidos que são um só).
Copiado descaradamente do blog da Lulina (Luciana Lins).

domingo, 27 de dezembro de 2009

RxDxPx - Crucificados pelo Sistema - 25 anos

Em comemoração aos 25 anos da gravação do primeiro disco do Ratos de Porão e o primeiro disco de Punk Rock da América Latina. A Peculio Discos que é a gravadora do baterista Boka lança uma super edição de Crucificados pelo Sistema, album clássico e importantissimo para a música pesada mundial.
Estão lá as 16 pedradas originais e como bonus o disco traz o Sistemados pelo Crucifa que é o Crucificados tocado como os caras tocam hoje, o disquinho ficou muito foda na cor vermelha e com o novo e luxuosinho formatinho digipack, tá certo que o papel não é dos melhores mas visualmente ficou bem legal. Existem novas informações no encarte como por exemplo quem toca o que (eu nem sabia que o Jão tocava bateria nesta época), um texto do Gordo falando do dia da gravação do disco e da canceira que o Jão deu no resto da banda por que havia dormido no busão e ido parar na Vila Mariana.
As músicas são um registro fiel e sincero do que havia de mais podre no hardcore dos anos 1980, de tão podre que é o vocal do gordo podemos dizer que este é o primeiro disco de "hardcore finlandês" feito no Brasil.
Hinos como Morrer, Agressão/Repressão e Crucificados pelo Sistema embalaram a juventude deste humilde escriba. Outra curiosidade é que os caras, que não tinham noção de nada, não microfonaram os tontons da bateria, agora da para entender o por que dos "buracos" de bateria que a gente percebe toda vez que põe a bolachinha para tocar.
Mais que um simples disco Crucificados é o retrato de uma época em que o Punk Rock estava no lugar de onde nunca deveria ter saido: a periferia. Tempo onde o protesto era sincero e justificavel (não que hoje não seja) pois a repressão era sentida na pele por estes garotos, que gravaram um petardo pesado e agressivo ainda sob o tenebroso dominio do governo militar onde qualquer passo fora da linha era pedir para tomar borrachada ou ser torturado.
Hoje as coisas estão muito mais faceis e o punk chegou à burguesia, isso é bom pois "limpou" um pouco da agressividade do estilo, o que ocasionalmente abriu mais espaço para as bandas tocarem mas por outro lado deixou as coisas meio "artificiais" (se é que me entendem).
O disco é toscamente produzido pelo Fábio do Olho Seco de quem o Ratos gravou a ótima "Que Vergonha" (outro hino). Fábio tinha nesta época uma lojinha na Galeria do Rock, que depois fechou mas que agora está de volta lá.
Este disco como muitos outros dentro do Rock'n'Roll é atemporal, o retrato de uma época, onde o punk ainda estava na periferia, onde garotos ainda chegavam atrasados por que dormiram no bumba (e quem nunca dormiu e passou de ponto?). Uma época que cheira à juventude.
Alguns cabelos brancos depois, muitas drogas e a quase morte de João Gordo eles continuam ai, sem os insanos Jabá e Spaguetti mas agora com a máquina de dar porrada que é o Boka e a usina de energia vegana que é o Juninho. Vida longa ao Ratos!

triste irônia

Fico feliz por ter este espaço virtual para me expressar e fico feliz quando alguém se identifica com o que escrevo. Neste espaço costumo também, divulgar coisas que gosto e que acho que merecem ser conhecidas (música, livros, filmes e etc.). Na parte de baixo deste blog, coloquei um link para o blog do Mário Bortolloto chamado "Atire no Dramaturgo".
Coloquei o link após assistir sua peça chamada "Brutal" em cartaz no Espaço dos Parlapatões na praça Rosevelt. O titulo do blog de Mário faz referencia ao livro "Atire no Pianista" de David Goodis.
Ironicamente no dia 5 de Dezembro último o dramaturgo realmente foi baleado no bar anexo ao teatro por bandidos que provavelmente entraram ali para assaltar.
Tristes irônias à parte, felizmente, o cara já está melhor e no seu blog diz que está assistindo King Kong com sua filha. Desejo saúde e sorte para o cara.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Amanda

" E naquele dia você, foi tudo foi demais pra mim
E naquele dia você, foi tudo fez de mim um anjo."
Tenho minha própria forma de acreditar em Deus e acho que ele se manifesta o tempo todo mas as vezes ele se menifesta tão escancaradamente que chega a nos assustar.
E eu que sou tão auto-descrente as vezes. Custei a acreditar que eu, tão displicente poderia ser um agraciado.
Agraciado por um singelo milagre, e fiz do medo meu companheiro, dia após dia.
Ao ve-la me escondia. E o tempo é impiedoso e se vai sem deixar vestigios, sem dar segunda chance sendo que esta não vem assim para os fracos, só para os fortes como revanche. O merecido revolver.
Eu, por ser assim tão medroso vivo agora a dor da derrota, derrota sem batalha, própria dos fracos. Mas acho que aprendi e estou pronto pra próxima.

M.A.F.F.

Não vou mais brigar com ela, nem critica-la. Vou procurar estender a mão sempre e olha-la com olhos de piedade e amor, o amor que lhe é devido e que ela merece por todos estes anos de luta. É uma vencedora! Mas depois de todos estes anos de luta é natural que até mesmo o mais bravo combatente dê sinais de fraqueza e ela sempre os deu mas a força e o instinto maternal eram mais fortes. O impito de sobrevivencia era bem maior.
Depois da missão cumprida bravamente é hora de encarar a maior das batalhas: A luta particular, a luta individual, a luta contra si mesmo e todos os seus fantasmas. É hora do "I against I" e ninguém pode ajuda-la.
Nos sentimos fracos pois não podemos ajudar quem mais nos ajudou, esta é a batalha final e ela terá que enfrentar sozinha.
Entre um cigarro e outro, uma cerveja e outra, um Diazepan e outro ainda podemos enxergar um pouco daquela à quem devemos tudo.
A cada dia ocorre o que já se espera, a sobriedade já não faz mais parte de sua vida, sempre agarrada a esta fuga vã. Nós, meros e inértes espectadores a queremos de volta mas a triste constatação é que ela caminha para o final de sua jornada...
E se para nós o pior vier para ela sempre virá o melhor, na certeza de uma Valhala para as mais bravas guerreiras...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Papai Noel Esqueceu a Pobre Criancinha - Rampage

Noite de Natal
Todos em suas casas
Todos se confraternizando
Comendo, enchendo a cara

Se você for rico o velhinho sempre vem
Nunca te esquecerá
Mas se você for pobre
Não adianta esperar

Simbolo forte do egoismo e do capitalismo
Você nem percebeu
Lembrou do seu presente
E de mim ele esqueceu

Papai Noel esqueceu a pobre criancinha (pa-pai Noel)
Papai Noel esqueceu a pobre criancinha (pa-pai Noel)
Papai Noel esqueceu a pobre criancinha em plena noite de Natal!