domingo, 15 de novembro de 2009

Luciana (e o orelhão em frente ao Copan)

Numa tarde em 1996
Eu, o cabeludo punk e a Erika andavamos
Pelo centro, em frente ao Copan
Ela parou e ligou para a mãe:

_Alô mãe eu tô aqui na cidade.
E eu ri pois a cidade é muito grande
E nunca mais a vi
Pois a cidade é muito grande

Anos depois em 2002
Lá estava eu no mesmo lugar
Ligando para você no 22° andar
Você desceu

E tudo ao meu redor se iluminou
Você com aquela cara de responsavel
De menina de boa familia
Eu vibrando

Depois de tantos tropeços e renascimentos
Senti que estava vivo denovo
Sua blusinha branca, meu sorriso amarelo
Dia lindo!
Depois disso
Noites de deleite ao teu lado
Descendo a escada apressado
Do lado de fora, que medo!
Posso caminhar agora
Mais alegre doravante
Nunca mais te vi denovo
Pois a cidade é muito grande...

2 comentários:

  1. era pra ser uma poesia meio manoel bandeira, daquelas que contam uma histórinha.
    que presunção! e alguns versos sairam imendados e eu não sei como separar.
    a poesia não é para ser explicada mas eu diria que estes versos falam da maravilhosa casualidade. No mesmo local aconteceram coisas muito importantes na minha vida. "o mundo é bão sebastião!"

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  2. Querido amigo avassalador...Jaba.
    Sempre que encontro uma poesia ... fico reticente... é uma das formas mais dificeis de manifestar sentimentos...Pelo conjunto da obra voce se saiu muito bem no que se propos. Não envergonhou Manoel Bandeira.
    Sucesso!

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