quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O Poeta e a Navalha

Passei ontem a madrugada em uma capela,
Em um funeral tão divino e tão tristonho,
Que parecia a mim um infindavel sonho
-E talvez agora minha alma sombria não resista a ela

Foi o velório de meu querido amigo
Morreu triste, jovem e amargurado
Por ter sido poeta e apaixonado
Apaixonado pelo que sempre está comigo

Meu falecido amigo amou-a mais do que eu
Tendo total amor ao seu frio carinho
-Hoje navalha, pergunto-me se resistiria a um beijo teu
Talvez só um beijo teu em meu pulso...

Ou um suave toque em meu pescoço
Aliviaria o meu eterno soluço
Como amo-te minha doce amada
Tua lâmina levaria-me ao fundo do teu poço
- Ah minha navalha, descanse a minha alma tão cansada
Dedicado a Fernando 'Lobo' Rodder (*1982+2006)

Nenhum comentário:

Postar um comentário